"Ser técnico em enfermagem é ter o dom de cuidar das pessoas e de zelar pela saúde delas"
No Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, nosso reconhecimento aos mais de 190 mil profissionais mineiros no enfrentamento à crise de saúde mundial
Publicado em 12/05/2020 08:02 - Atualizado em 14/05/2020 15:18
"Ser técnico em enfermagem é ter o dom de cuidar das pessoas e de zelar pela saúde delas. É aprender a lidar diariamente com o sofrimento alheio", afirma a técnica de enfermagem da Medicina do Trabalho da MGS, Edinalva Alves Silva. Neste Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, a nossa colaboradora da Coordenadoria de Saúde Ocupacional - Cosau representa os mais de 190 mil profissionais da área no Estado que precisam assim como ela, também precisam lidar com as dores dos outros.
Perfil humanitário

Edinalva Alves Silva, técnica em enfermagem da MGS
A trabalhadora escolhida para prestar essa homenagem é técnica em enfermagem e se especializou em Enfermagem do Trabalho. Já são mais de 14 anos na área. Durante 11 trabalhou no Hospital Santa Casa com cerca de cinco mil empregados. “O desafio maior foi depois que eu ingressei na MGS, empresa com um porte muito maior. Aqui são mais de 24 mil empregados, espalhados por todo o Estado. Nos três anos que estou aqui aprendi muito e cresci profissionalmente”, valida.
Sobre ser escolhida para representar os colegas enfermeiros de Minas, Edinalva se diz honrada e, acrescenta: “Ser enfermeiro não é fácil, independentemente da área de atuação. Seja cuidando de um enfermo acamado ou trabalhando com a promoção da saúde. Se a pessoa não tiver o dom, o amor ao próximo e não souber lidar com a morte e o sofrimento alheio, a profissão deixa de ser linda e gratificante para se tornar frustrante”.
O que é ser enfermeiro em tempos pandemia?
“É uma responsabilidade enorme assumir esse papel. O enfermeiro está na linha de frente, tentando minimizar os impactos da crise e ainda tem que cuidar de si e de sua família para não se tornar um veículo de transmissão da doença”, esclarece Edinalva Silva.
Para ela, a conscientização da população para uma nova mudança de atitude se tornou primordial. “Prevalece para todos nós profissionais o acolhimento igualitário e humanitário sempre. Nosso maior desafio hoje é preparar, conscientizar e tranquilizar nossos colegas de trabalho. Agora, todos nós precisamos adotar um novo estilo de vida, se adaptar à nova realidade e se preservar”, destaca.
Um profissão nascida da solidariedade
O Dia Internacional do Enfermeiro foi criado pelo Conselho Internacional dos Enfermeiros e a data escolhida remete ao aniversário de Florence Nightingale, considerada a fundadora da enfermagem moderna.
Florence, nasceu em 1820 e foi batizada por esse nome por ter nascido na cidade de Florença, Itália. Ela era de família rica, mas se mostrou muito preocupada com a situação do tratamento médico que era dispensado às pessoas mais pobres, que quase sempre ficavam em segundo plano dentro dos hospitais.
A enfermeira foi muito criticada, pois as mulheres naquele tempo eram criadas para se casar. Além disso, o cuidado junto aos pacientes era feito por mulheres ajudantes, em sua maioria cozinheiras despreparadas para a função ou até mesmo prostitutas que recebiam a tarefa como punição. Ainda assim, Florence decidiu se tornar enfermeira e realizar esse trabalho junto aos mais pobres.
Uma profissão tão linda e marcada por uma história humanitária como essa deve ser aplaudida. Parabéns, a cada um de vocês, o nosso muito obrigado!
por Viviane Primo