Não se cale, denuncie!
No dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, a MGS destaca o Programa Sou Mulher que oferece acolhimento às trabalhadoras vítimas de violência doméstica.
Publicado em 10/10/2019 09:45 - Atualizado em 11/10/2019 16:53
O dia 10 de outubro de 1980 foi marcado por um movimento que começou em São Paulo, quando mulheres reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal para protestar contra o aumento dos crimes de gênero em todo o país. Foi dessa data que surgiu o Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, que busca impulsionar a reflexão dos números da violência contra a mulher no Brasil e o que se tem feito para combater o problema.
A MGS é uma empresa formada em sua grande maioria por mulheres. Para se ter uma ideia, do total de 23.755 empregados, 14.688 são mulheres. Ou seja, 62% da empresa é composta por um público feminino. E, pensando na proteção física e psicológica destas colaboradoras, possui o Programa Sou Mulher - Acolhimento à Mulher Trabalhadora MGS. O projeto conta com uma equipe especializada e capacitada (psicólogos e assistentes sociais) que está pronta para acolher, escutar, orientar e direcionar a mulher vítima de violência para o uso legítimo de seus direitos humanos junto às políticas públicas existentes.
A empresa também atua para esclarecer e instruir sobre as diversas formas de violência e entender como ela pode ser silenciosa e lenta, afetando profundamente de forma física e psicológica a vida das mulheres.
De acordo com Carla Filizzola, psicóloga da empresa, o projeto é um programa psicossocial de combate à violência contra a mulher, oferecido à todas as empregadas da MGS, vítimas de qualquer tipo de agressão e que desejam romper com o ciclo de violência. “Nosso mote é encorajar a mulher a verbalizar sobre sentimentos encobertos e anulados na relação marcada pela violência, no sentido de despertar – lhe o resgate de sua condição de sujeito (autoestima, desejos e verdades), além de oferecer apoio ao seu empoderamento de mulher e à sua retomada de condição humanizada”, informa Carla.
“Para tanto, o projeto foi estruturado também com base no marco da Lei Nº 11.340 /2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, visando a eliminação de todas as formas de discriminação, prevenindo, punindo e erradicando o crime de ódio do gênero – mulher”, completa a psicóloga.
Além de uma ação interna, a iniciativa da MGS também é um convite para a união na luta para o fim da violência contra as mulheres para toda a sociedade. Nos canais de comunicação interna e externa, a empresa faz uma série de divulgações para nossas empregadas e para todos que quiserem ajudar na construção de uma sociedade melhor.
Qualquer empregada pode usar o canal telefônico criado para contar da sua situação e buscar orientações. O atendimento segue SEMPRE um modelo sigiloso e ético de acolhimento, resguardando a privacidade de quem o procurar. Telefone: (31) 3239-8705 - exclusivo para empregadas. A partir do contato com a equipe do programa Sou Mulher, pelo canal institucional de Escuta Ativa (31) 3239-8705 e com o entendimento da situação, a colaboradora recebe as devidas orientações. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h ás 17h, pela equipe psicossocial
Para quem não trabalha na MGS, orientamos pela busca de orientação pelo telefone 180 - Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, um canal do governo federal. Em caso de urgência, o ideal é ligar sempre 190. O importante é não deixar de buscar apoio e ajuda.
Orientações do Programa SOU MULHER da MGS
Muitas mulheres sofrem algum tipo de violência e não sabem a onde e como recorrer nessas situações. É importante saber que existem serviços públicos de atendimento e acolhimento a mulher com equipes especializadas que podem ajudá-las.
Em casos de violência sexual, a mulher deve imediatamente buscar um dos 87 unidades do Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual em Minas Gerais. Veja quais são os estabelecimentos: https://bit.ly/2J2Eia6
Em caso de agressão física, se quiser fazer uma denúncia contra o agressor, dirija-se a uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher ou uma Delegacia de Polícia Civil. A Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) também recebe denúncias e realiza atendimento e acolhimento à mulher em situação de violência.
Em casos de emergência, telefone para a Polícia Militar (190) ou dirija-se a um Batalhão da PM. Se encontrar dificuldades para registrar ocorrência e a denúncia na Delegacia, vá até uma Promotoria de Justiça (comum ou especializada de atendimento à mulher) e relate à equipe o seu caso para que os promotores tomem ciência e possam tomar providências.
As mulheres que precisarem de consultoria jurídica e não tiverem condições para contratar, deve acionar a Defensoria Pública (Em Minas Gerais, disque 129). Faculdades públicas e particulares costumam ter núcleos de prática jurídica que orientam as cidadãs.
Em caso de violência psicológica, patrimonial e moral procure um dos centros de atendimento à mulher e se o seu município não tiver um entre em contato com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
Onde buscar ajuda em Belo Horizonte:
CERNA (Centro Risoleta Neves de Atendimento de Minas Gerais) que atende mulheres em situações de violência de gênero, oferecendo acolhimento, acompanhamento psicossocial e orientação jurídica. Ele fica na Av. Amazonas, nº 558, 1º andar – Centro e o telefone de contato: (31) 3270-3235.
NUDEM (Núcleo de Defesa da Mulher) que constitui o espaço de atendimento jurídico à mulher em situação de violência, responsável por prestar orientação jurídica e a defesa em juízo, em todos os graus, das cidadãs de baixa renda. Ele fica na Rua Araguari, 210, Bairro Preto e os telefones de contato é o (31) 2010-3171 ou (31) 2010-3172.
Benvinda - Centro de Apoio a Mulher, trabalha com acolhimento, orientação, formação e informação de mulheres em situação de violência de gêner, visando desenvolver aspectos como fortalecimento da autoestima e resgate da cidadania. O centro fica na rua Hermílio Alves, 34 - Santa Tereza e os telefones de contato (31) 3277-4379 ou 3277-4380.
Para saber os endereços e telefones da sua cidade dos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência, telefone para a Central de Atendimento à Mulher –Ligue 180 que é um serviço telefônico gratuito que funciona 24 horas.
(Fonte: Senado Federal e UFMG)
por ASCOM